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sábado, setembro 30, 2006

UM BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!!!!!

sexta-feira, setembro 29, 2006

Fragilidade

Talvez pudesse o tempo parar
Quando tudo em nós de precipita
Quando a vida nos desgarra os sentidos
E não espera, ai quem dera

Houvesse um canto pra se ficar
Longe da guerra feroz que nos domina
Se o amor fosse um lugar a salvo
Sem medos, sem fragilidade

Tão bom pudesse o tempo parar
E voltar-se a preencher o vazio
É tão duro aprender que na vida
Nada se repete, nada se promete
E é tudo tão fugaz e tão breve

Tão bom pudesse o tempo parar
E encharcar-me de azul e de longe
Acalmar a raiva aflita da vertigem
Sentir o teu braço e poder ficar

É tudo tão fugaz e tão breve
Como os reflexos da lua no rio
Tudo aquilo que se agarra já fugiu
É tudo tão fugaz e tão breve.

Mafalda Veiga

quinta-feira, setembro 28, 2006

Aspiração

Meus dias vão correndo vagarosos,
Sem prazer e sem dor parece
Que o foco interior já desfalece
E vacila com raios duvidosos.

É bela a vida e os anos são formosos,
E nunca ao peito amante o amor falece...
Mas, se a beleza aqui nos aparece,
Logo outra lembra de mais puros gozos.

Minha alma, ó Deus! a outros céus aspira:S
e um momento a prendeu mortal beleza,
É pela eterna pátria que suspira...

Porém, do pressentir dá-ma a certeza,
Dá-ma! e sereno, embora a dor me fira,
Eu sempre bendirei esta tristeza!

Antero de Quental

domingo, setembro 24, 2006

De repente

o passo tornou-se mais livre,
a vida recobrou sentido,
as flores começaram a existir.

De repente,
havia estrelas nos seus olhos ,
um sorriso no seu rosto,
e uma esperança floria no seu coração.

De repente,
as coisas que o rodeavam
já não eram mais indiferentes,
as pessoas tinham um olhar amigo,

e os dias...

Enfim,
também ele descobrira o amor!

domingo, setembro 03, 2006

“Nunca a morte lhes tinha tocado de tão perto. Uns já tinham visto gente morrer, outros talvez até já tivessem matado, mas acontecia sempre com desconhecidos, com pessoas sem nome, muito menos alcunha, meros números no cemitério de uma qualquer grande cidade. Mas agora era diferente. O luto bateu-lhes à porta, o sangue ceifou um dos seus, um menino com nome e alcunha e que ainda tinha toda a morte pela frente.
- Eu pensava que só os velhos morriam – afirmou Molécula já completamente recuperado da intoxicação.
- Não está certo – sublinhou Buzina
- Exacto – carimbou Bisnaga

- Não é bem assim ... – afirmou Sacristão."

Nem tudo começa com um beijo
Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira