Surdo, Subterrâneo Rio
Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.
Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?
Eugénio de Andrade
3 Comments:
Olá Ana, lindo poema de Eugénio de Andrade. Ele tem coisas lindíssimas, poemas que encantam.
Já leu Florbela Espanca?
Vale a pena, vai gostar.
Até já.
By
rui, at 03 outubro, 2006 04:38
Ana,
Tens sempre excelentes escolhas :)
Foste eleita no reflexo da minha fantasia "Violet Garden" espero que não te importes. Estás devidamente identificada e linkada.
Beijinhos
By
Carla, at 03 outubro, 2006 15:54
Palavras que finjo não serem de amor…
By
Carla, at 04 outubro, 2006 16:30
Enviar um comentário
<< Home