Mais uma página

terça-feira, outubro 03, 2006

Surdo, Subterrâneo Rio

Surdo, subterrâneo rio de palavras
me corre lento pelo corpo todo;
amor sem margens onde a lua rompe
e nimba de luar o próprio lodo.

Correr do tempo ou só rumor do frio
onde o amor se perde e a razão de amar
surdo, subterrâneo, impiedoso rio,
para onde vais, sem eu poder ficar?

Eugénio de Andrade

3 Comments:

  • Olá Ana, lindo poema de Eugénio de Andrade. Ele tem coisas lindíssimas, poemas que encantam.
    Já leu Florbela Espanca?
    Vale a pena, vai gostar.
    Até já.

    By Blogger rui, at 03 outubro, 2006 04:38  

  • Ana,
    Tens sempre excelentes escolhas :)

    Foste eleita no reflexo da minha fantasia "Violet Garden" espero que não te importes. Estás devidamente identificada e linkada.
    Beijinhos

    By Blogger Carla, at 03 outubro, 2006 15:54  

  • Palavras que finjo não serem de amor…

    By Blogger Carla, at 04 outubro, 2006 16:30  

Enviar um comentário

<< Home