Até agora eu não me conhecia,
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim...e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Florbela Espanca
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo que soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim...e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Florbela Espanca
2 Comments:
obrigada Ana abreu pelo teu apoio ;)
É um belo texto, se queres que te diga já li várias páginas da florbela espanca, mas nunca o livro por completo...
Eu tenho ânsia de viver, mas ao mesmo tempo gostaria que o tempo para se...
impossivelmente isso acontecerá...
Gostava de um dia voltar atrás e remediar o que errei nesta vida mas só em sonhos é que conseguirei...
Tem um boa 5-feira,
um beijo Ana abreu ;)
3/11/2005
By
João Duque, at 02 novembro, 2005 16:04
olá,Ana!
vim espreitar!!
;)
By
digoeu, at 03 novembro, 2005 04:29
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